segunda-feira, 25 de abril de 2011

DIGA NÃO AOS AGROTÓXICOS!


Em referência ao Dia Mundial da Saúde (7/4), mais de trinta entidades da sociedade civil brasileira, movimentos sociais, entidades ambientalistas e grupos de pesquisadores lançam oficialmente a Campanha Permanente contra o Uso dos Agrotóxicos no Brasil.

O material da campanha alerta que os agrotóxicos causam uma série de doenças como câncer, problemas hormonais, problema neurológicos, má formação do feto, depressão, doenças de pele, problemas de rim, diarreia, entre outras.

É uma questão de emergência! O Brasil está em primeiro lugar no ranking dos países que mais usam agrotóxicos no mundo desde 2009. Para se ter uma idéia da dimensão, é como se cada brasileiro consumisse, ao longo do ano, cinco litros de veneno. "Precisamos unir os pessoas das mais diversas áreas, cientistas, os movimentos sociais e os parlamentares para traçarmos medidas jurídicas, projetos de lei, políticas públicas que inibam a expansão dos agrotóxicos no País, garantindo tanto a saúde e qualidade de vida da população, quanto dos trabalhadores do campo", destaca o deputado Mauro Rubem (PT).

Para o secretário-executivo da Articulação Nacional de Agroecologia (ANA), Denis Monteiro, a primeira questão é estabelecer uma coalizão, uma convergência ampla dos movimentos da área da saúde, da agricultura, comunicação e direito, para fazer a denúncia permanente desse modelo baseado no uso de agrotóxicos e transgênicos que tornou o Brasil campeão mundial do uso de agrotóxicos. "Os impactos são gravíssimos na saúde dos trabalhadores, no meio ambiente, na contaminação das águas. A campanha pretende também apresentar à sociedade o modelo proposto pelas entidades, mais saudável, baseado na pequena agricultura.

“Outro campo de articulação é mostrar para a sociedade e avançar na construção de outro modelo de agricultura. Temos estudos que mostram que a agroecologia é viável, produz em quantidade e em qualidade. Então outro campo de articulação importante é avançar na construção destas experiências em agroecologia que a gente já vem construindo, multiplicá-las pelo país, mostrando que este é o futuro da agricultura, e não vai ter futuro para o planeta se a gente não construir este modelo alternativo ao modelo que está aí", diz Monteiro.

Para a coordenadora do Sistema Nacional de Informações Toxico Farmacológicas (Sinitox), da Fiocruz, Rosany Bochner, é necessário negar totalmente o uso dos agrotóxicos devido aos prejuízos que tem causado à saúde. "É preciso deixar claro que o que queremos com a campanha não é usar produtos menos tóxicos, não é nada paliativo. Nós não queremos mais agrotóxicos de nenhuma forma. É uma mudança de filosofia, temos que partir para produzir diversidade. Vamos ter que comer diferente, que fazer muita coisa e não depende só do agricultor, depende também da população, porque do jeito que está não é possível mais ficar", afirma.

Agroecologia já!

Hari OM!

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